O fim do
registro em cartório de contratos de empréstimo para pequenos negócios, cujo
custo chega a R$ 2 mil, foi o principal acordo fechado entre o presidente do
Sebrae Nacional, Guilherme Afif Domingos, e o presidente do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.
A reunião, realizada na sede do Sebrae,
também abordou a possibilidade de criação de uma nova linha de crédito para as
micro e pequenas empresas, em especial, as que faturam até R$ 360 mil por ano.
“Hoje, 85% das micro e pequenas empresas
estão nas três primeiras faixas de faturamento do Simples Nacional. Esse
empresário não está vendo a cor do dinheiro e é por ele que estamos nos
empenhando”, destacou Afif.
Em relação a novas linhas de crédito, os
principais alvos são o Cartão BNDES, produto voltado à concessão de
financiamento para micro e pequenas empresas, e o Progeren, destinado à capital
de giro. A ideia é pulverizar a distribuição de recursos desses fundos para
priorizar os pequenos negócios, com juros de 15% a 18% ao ano e empréstimos de
até R$ 30 mil. A ideia é ter como garantidores o Fundo de Aval da Micro e
Pequena Empresa (Fampe), do Sebrae, e o Fundo Garantidor de Investimentos
(FGI), do BNDES. “Pagando juro de agiota, ninguém consegue sobreviver. Daí a
necessidade de dar oxigênio mais puro, uma linha de crédito mais compatível
para melhorar as condições de operação das micro e pequenas empresas”, afirmou.
Na próxima semana, uma reunião deve
juntar os participantes de hoje e representantes de instituições financeiras,
visando viabilizar tecnicamente da forma mais rápida possível esse novo produto
para as micro e pequenas empresas.
O encontro teve ainda a presença de
Maurício Borges Lemos, diretor de Administração Financeira e Operações
Indiretas do BNDES, e de Juliana Santos da Cruz, superintendente do BNDES da
área de Operações Indiretas, e de uma equipe técnica do banco que estava no Rio
de Janeiro e participou da reunião por meio de videoconferência.
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